quarta-feira, fevereiro 14, 2007


Personas

Sinto o deslizar das águas
nesta manhã de prata,
e o fogo das colinas
que queima a relva verde
com as suas formas de vida,
às onze.

Pago o meu preço por ouvir tanto
e a minha voz
o triste estigma da palavra.

Sou personagem de uma comédia muda,
em um teatro fechado:
luzes apagadas...

Maurício Gomes Filho*
*Poeta penedense; poema incluído no livro Minhas musas difusas e outros poemas.

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