terça-feira, janeiro 30, 2007

Sociedade Musical O Guarany

Sede da Sociedade Musical O Guarany, que provê-se de um corpo de músicos para apresentação artística de 40 a 60 indivíduos em praças, escolas, clubes, igrejas, quadras havendo possibilidade acústica; uma escola com 80 alunos atualmente e com um histórico de ter posicionado centenas de músicos e ex-alunos trabalhando profissionalmente em instituições civis e militares; realiza o mínimo de 1 um concerto por semana podendo crescer a quantidade com o aumento de convites e contratos, o que ocorre nas épocas festivas do ano.
A música é filosofia; e isto pode ser posicionado pelo acontecimento da audição por prazer e passatempo; dando-nos a expressão dos sentimentos através dos sons. A sua notação sistemática possue o status de ciência.
Aqui, nesta região, as organizações dos músicos, a sociedade musical, contribue para a ordem social, para a formação cultural e profissional dos municípos; historicamente, a O Guarany é a mais duradoura e produtiva delas neste aspecto.
Pode-se afirmar que esta Sociedade Musical O Guarany em seus 88 anos, completados em 2006, de existência colocou no mercado de trabalho – do comércio à educação, às forças armadas – centenas de profissionais qualificados.
Só para conscientizar, lembrar ser Pão de Açúcar, atualmente, Município de 26 mil habitantes. Maestros originários da Banda O Guarany: 19 BC do Exército Brasileiro em Salvador-BA, Maestro Racine Bezerra Lima; Batalhão do Exército - Maceió-AL, Maestro Manoel Capitulino de Castro, o "Passinha"; Base do Galeão-RJ, Maestro Francisco Ferreira; Base do Galeão-RJ, Maestro Fernando Mendonça; Polícia Militar de Alagoas, Maestro Jonas Pau Ferro; Polícia Militar de Sergipe, Maestro José Batista de Aquino, o "Duduca"; Batalhão de Guardas-RJ, Maestro Zivaldo Ribeiro, "Zico"; Palmeira dos Índios-AL e Recife-PE, Maestro José Gonçalves Filho; Piranhas-AL, Francisco de Brito, o "Cafal; Base Área de Salvador, Maestro Petrúcio Ramos de Souza.
Mestre Nozinho é a alcunha famosa do Maestro Manoel Vitorino Filho; dedicou-se ao ensino da música e á formação profissional de seus alunos. Mantinha uma alfaiataria onde o músico formando podia trabalhar para sustentar-se economicamente. Figura de pedagogo espontâneo e inspirador, mestre de toda a geração de maestros citados nesta justificativa, por seu trabalho pioneiro, frutífero e humanizante pode-se edificar esta Sede da Sociedade Musical mantendo a tradição da cultura musical sociabilizante.
(in OBJETIVOS e JUSTIFICATIVA do projeto de edificação da sede da Sociedade Musical.)


O RIO E A ROSA

Ainda que a rosa / Even tough the rose
não tenha encontrado a rosa, /
hasn`t foud the rose itself,
assim como o vento encontrou o ar, / just as the wind has found atmosphere,

ainda que a rosa / even thoug the rose
não tenha encontrado a rosa, / hasn`t found the rose itself,

assim como o rio / just as the river
encontrou o mar, / has found the sea,

assim como a brisa / just as the breeze

encontrou a folhagem, / has found the foliage,
assim como a boca / exactly as the mouth

encontrou o beijo / has found a kiss

eu lhe vejo, / i see you, i hear you,

eu lhe escuto, eu lhe desejo / i want you,
assim como a noite / just as the night
encontrou a lua / has found the moon,
que nem os meus passos / just as my steps
encontraram a rua / have found streets

José Paulo da Silva Ferreira (trecho traduzido)

ETERNAS ANDANÇAS

Andei e o eco dos meus passos
se perderam ao longe,
além dos caminhos por onde passei.
Andei e exausto de tanto andar me perdi
no tempo, na vida e no ar.
Procurei me encontrar em todo canto,
em toda pessoa que por mim passou.
Carreguei nos ombros o fardo pesado da vida
o meu próprio destino.
Hoje sinto o cansaço no corpo decrépito
que lentamente envelhece,
sem contudo alcançar a realizacão
que foge aos meus pés estropiados.
Continuo perdido... assim como todo andarilho,
que um dia na vida se perdeu.
No entanto procuro encontrar
o que ainda não perdi... o meu EU.

DFAnjos. 30Jan2007

domingo, janeiro 21, 2007

Companhia Penedense de Teatro


Com texto do dramaturgo alagoano (radicado na Paraíba) Altimar Pimentel e direção de Juliana Teles, estreou no último sábado (20/01/2007), no palco do Teatro Sete de Setembro, Como nasce um cabra da peste, oitava montagem da Companhia Penedense de Teatro. A comédia, centrada nos preparativos e procedimentos populares para o nascimento de uma criança no sertão nordestino, faz um apanhado das crendices, superstições, costumes e medicinas mágicas empregadas em tais situações no interior do Brasil rural.
Formada por jovens atores penedenses, a premiada Companhia (que em 2006 completou 17 anos de estrada), comprova neste novo espetáculo, mais uma vez, todo talento e competência da trupe em um trabalho sério e profissional que agradou ao público presente. No elenco, Aline Soares, Ednalva Gomes, Emmanuel Silva, Fernando Arthur, Josilene Moreira e Miranildes Pereira, com cenário (painel) do artista plástico penedense Joan Barros, iluminação de Zé Pequeno e a participação de Wallace Santos na percussão (pandeiro). Parabéns CPT.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Além da superfície

Sobre o rio velho,
dourado pela luz do sol poente,
frágil embarcação navega,
e dentro da sua rústica fragilidade
– um pescador tira sua sobrevivência
das entranhas do rio.

No mesmo rio (não nestas águas, mas em outras passadas),
ele tirava (menino que era) em outros tempos,
as delícias dos banhos de verão
– pescava sonhos...

Mas, passaram as águas do rio (como se fossem o tempo),
inevitavelmente em direção ao mar,
e levaram-lhes tiranas as delícias e a infância
– afogando os sonhos...

Hoje (velho como o rio), ele pesca sua realidade,
e há muito percebeu que quem do alto das pedras
a beleza do momento vê, nada disso sabe: o rio
é apenas um alegre e calmo velhinho dourado pelo sol
– e o pescador, quase um ponto invisível
na superfície do rio dos homens...

Francisco Araújo Filho*
* Poeta penedense; poema do livro Ruas e Rios (1994)

MILAGRE DO SÉCULO

quem sabe amanhã

brotem as flores
e amadureçam
os frutos.

quem sabe amanhã

revoada de
pássaros livres
gorgeiem.

quem sabe amanhã

a natureza
sobreviva ao
caos.

quem sabe amanhã

o milagre
do século
aconteça.

Rosiane Rodrigues
in Bico de Luz

Flumens
O rio crescendo
escorre
dos olhos da moça triste
debruçada na janela
à espera que ali passe
um velho anjo molhado
anjo mais tolo que existe.
O rio desce do céu
em grossas cordas de seda
molha gente
molha bicho
molha a sombria alameda
onde mora a moça bela
que se debruça no vento
encantada com a risada
do anjo de espada em riste
doce anjo tagarela.
Alzira Freire*
*Poetisa penedense; poema incluído no livro inédito De flor e vento plena.

terça-feira, janeiro 09, 2007




José Paulo da Silva Ferreira
jp-ferreira1962@bol.com.br
jpsf.zip.net



INFOTURISTA


Eu faço o verso eterno
numa moldura moderna
como a luz das quatro luas

eu o dou de presente
a mais bela da avenida
e ela sorri simpaticamente

ao meu poema turista
que finalmente fez a fotografia
completa do arco íris

no modo mesmo do carinho
noite de lua cheia
para quem sabe o amor

eu trago o canto contente
da informática do futuro
olho que vê no escuro.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Aviso aos navegantes


Dos Navegantes pretende ser um espaço aberto e multifacetado, disponível e acessível para próximos e distantes. Uma confluência de muitas águas, de muitas falas e estilos, conjugando literatura, arte, notícias sobre eventos culturais e afins, pensamento e reflexões variados, troca de informações e resumo da produção artística atualmente em curso em determinadas paragens do Estado de Alagoas. Ou seja, uma página eletrônica solta nas correntezas da rede.
É certo que içamos velas a partir de alguns portos, tendo as cidades de Piranhas, Pão de Açúcar e Penedo, todas filhas do Velho Chico, como pontos de referência, mas não só: visamos o global e o universalizante, sem esquecer, entretanto, aquilo que nos individualiza enquanto produtores culturais e cidadãos sintonizados com seu tempo e suas raízes.
Nossa convocação é geral, qual navio apitando às margens das barrancas. Nele todos cabem os que quiserem colaborar... E que a nossa navegação diária seja fecunda: “Navegar é preciso, viver não é”.