quinta-feira, fevereiro 01, 2007


DESESPERO

No mar das ilusões
borbulham ondas de vinho,
Na taça da sedução
me embriago com a vida... sozinho.
Entorno na boca sedenta
o fel desta bebida ardente,
Vivo o delírio embriagante
de um sonho... distante.
Sinto o pulsar compassado do coração
nas entranhas do peito,
Sinto-me ébrio e perdido
no seio desta fantasia... sem defeito.
Foram tantos casos e descasos
todos vividos e revividos em agonia,
hoje são lembranças perdidas... vazias.
E verdadeiro e real este enredo,
que se desenrola no crânio debruçado
sobre uma mesa gordurosa de uma taverna sombria.
Hoje sinto o gozo desta existência
em um orgasmo de um falo,
que falece em penitência.
Vivo na companhia sinistra da morte
em cada esquina me espreitando,
bafejando seu hálito pútrido
sussurrando em meu cangote.
Quem sabe nos próximos segundos
enquanto respiro... por sorte
isto não aconteça.

DFAnjos 01fev2007

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